sexta-feira, 15 de julho de 2011

Casulo mental

Sabe como eu venho me sentindo depois de algum tempo sem escrever nada além de trabalhos pra faculdade? Bem. Eu tô tranquila, feliz com a minha profissão. Aham, feliz com o que eu estou fazendo e parece que depois de muitos desconfortos, depois de muitos tapas na cara, eu sei que encontrei o que me realiza, e o que, finalmente, vai mudar o mundo. Porque eu sempre quis mudar o mundo. Mesmo que seja um mundo mais acessível e perto de mim - mas vou mudar. O que venho pensando dentre esses dias no meu casulo é que eu mudei bastante e tenho a sensação que foi pra melhor. Tenho certeza que agora tenho coisas boas na cabeça. A vida foi dura comigo, foi forte, me deu trancos, chutou minhas costas, não pensava que tinha que ter doído tanto como doeu, mas agora eu entendi e aprendi com ela e eu não sou vingativa não... Eu aprendi a ser tolerante, a amar mais e a perceber que a vida faz isso com as pessoas porque a gente é trouxa e não sabe aprender sozinho. Pelo menos eu não sei. Eu (tô)consegui(ndo) afastar o lado triste da saudade de perto de mim, e agora eu deixo ela vir só pra me deixar feliz e me fazer sonhar com coisas bonitas. Mas... Ah sempre tem um lado ruim horrível negativo podre feio mau inútil e blábláblá nas coisas que falo, é surpreendentemente inevitável... Só que a saudade apertada que eu sentia se transformou em uma outra coisa que eu não sei explicar muito bem (mas sei sentir ridicularmente bem). É mais ou menos assim: minha vida é meu namorado e eu. Eu criei uma bolha entre nós dois e eu não gosto que ninguém chegue perto porque eu sinto ciúmes obcecados. Isso tudo bem. Pode parecer estranho, mas não é uma coisa ruim, é uma coisa legal porque oriento minha vida assim e estou feliz. Se mudar fico triste. Tá, mas o que acontece é que entre inimagináveis pessoas no mundo, eu sinto que só o Victor me ama. Sinto que apenas ele gosta de mim, porque eu não sei. E aí está o problema. EU PENSO QUE NINGUÉM SE IMPORTA COMIGO. Todos me deixam pra lá, ninguém faz questão de perguntar se estou bem ou de dizer que sente a minha falta. Somente uma pessoa me disse uma vez: "Nunca encontrei nenhuma amizade como a sua". UMA. Dentre trilhões de seres no mundo que já conheci. Sabe o que eu milagrosamente constatei? Que sou uma pessoa avulsa, remota... Assim como aquele vendedor de pipoca que fica no centro da cidade e ninguém não está nem aí quem seja, ou se ele vai estar lá amanhã pra vender aquele negocinho que todo mundo vende igual. Assim sou eu por aqui e fui por onde eu passei por toda minha vida. Fui Luciana, baixinha, boba, que ajudava as pessoas, que ria, que bebia, que errava, que abraçava, que precisava de carinho, e que amanhã tava todo mundo enjoado.
Pois deixa pra lá, blog. Fui sempre assim. Serei sempre assim. Mudo nada em pessoa nenhuma, e meu maior sonho a partir de agora é mudar. Mudar não a visão que têm sobre mim, mas mudar o que os outros sentem, quero que se sintam felizes e que assim como eu, aprendam a não ter mágoa de "bobeira" alguma. Espalhar alegria, conforto e amor é o que todos deveriam fazer no planeta... Sofrer todos sofrem, mas fazer os outros sofrerem é o que eu mais quero evitar por aí.
Espero, no fundo do meu coração, espalhar amor, muito amor, muita paz - pra todos.