segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Pouco.

Tenho muitas coisas pra pensar, escrever e tirar de dentro de mim. Esse ano foi difícil, mas ontem valeu. E valeu por vários motivos, sabe? Estou conseguindo evitar o que não me deixava livre, aliás, ontem foi o resumo de tudo o que significou de 2005 até hoje. Puxa, quantas coisas aconteceram ou deixaram de acontecer... Quantas pessoas entraram e hoje já não vejo mais... Quantas pessoas gostei, importei, cuidei. Muitos detalhes e assuntos. Passei várias vezes por essas ruas, cantei milhares de chuvas, abracei, chorei, e amei sozinha. E será que alguém sabe? Será que se importam? E se acontece de se importarem? Meu Deus, o que muda? Um carinho a mais, uma noite melhor, um dia de frio sem tremer. Talvez todas essas coisas contornariam o que está precisando. Esse ano passou rápido pra não ter significado nenhum, só serviu pra pensar mais, diminuir minhas expectativas, aumentar meus sonhos e ver que eu não posso. Não dá e o certo é sempre dar errado. São essas coisas, são esses pequenos detalhes que o cansaço proporciona pra mim. Acho que eu não fiz nada pra me merecer. Queria viver um pouquinho na pele de outras pessoas. Por alguns dias... Ou morrer uns segundos, voltar, voltar, porque eu sofro de saudades. Quero todos por perto, como sempre estão. Dar valor, ganhar valor, atenção. Ser feliz. Tentar. Quero enlouquecer com 2008 longe daqui, não quero mais o mesmo cheiro e os mesmos rostos, o amargo, o silêncio daqui. Essas coisas me deixam sem explicação, por isso acabo assim. Não entendendo o que eu espero da vida, não sei o que vou ter, mas mesmo assim quero ter. Longe daqui e das pilhas de problemas.

Espero vida de verdade.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Eu acho que.

Ao invés de tudo bem - eu devia meter um vai se foder. O certo é ver todos em baixo. Mas eles estão em cima. Quando que eu vou parar de me usar pra fazer os outros felizes? Eu juro, que na virada do ano eu-não-vou-pensar-nele. (E dái?)

Eu acho que tudo está bem. Tirando que eu passo a semana inteira sem fazer nada. Que eu odeio ir pro clube, e vou todos os dias. Que eu não passei em nenhuma faculdade. Que todo mundo tem compania, menos eu - é logico - porque se tivesse não ia ter graça... Fala sério, se nessa história toda eu não sofresse um pouco, qual seria a graça? Porque se não tivesse o meu-ser-piada o que seria dos ego alheio? Eu sou assim. As vezes me cansa e dá vontade de desistir de tudo. Não é frescura - não é voce que acorda todos os dias e passa o resto do dia sozinha, sem ninguém pra conversar, sem ninguém pra sair, fazer alguma coisa. Todo mundo recebe te amo, menos eu. E eu já sei o que eu fiz de errado. Nascer, talvez. Mas o meu maior erro foi insistir pro final ver que não existe preocupação. Ninguém se importa. No fim e no fundo, não recebo valor. Acho que eu não peço também. Os outros são muito complicados. Mas eu ganho.

Meu pai sempre me ensinou que se eu não for a melhor, então eu não sou nada. Ele sempre entupiu meu ouvido dizendo que dinheiro é dinheiro e nada mais. E eu cresci fazendo tudo ao contrário. Odiando valores assim. Me prejudicando e tentando dar o meu melhor só pra orgulhar ele. Era decepção atras de decepção porque, na verdade, eu nunca consegui fazer o melhor. Talvez de tanto que ele falava, enchia meu saco, acabei não entendendo nada do recado. Acho que fez mal pra mim. E até hoje, ele me pede coisas que não posso fazer. Não é porque não quero, é porque eu não consigo. Eu não consigo encaixar certas realidades dentro da minha cabeça. Tudo sempre tá errado. Tudo é muito difícil. Nunca dá.

Não to conseguindo organizar. Vodka demais mata. (Tomara!)

sábado, 15 de dezembro de 2007

Um dia alguém me ama.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Vou admitir. Tô bebada, enluquecidamente tonta e to com o choro entalado na garganta. Não dá, eu não consigo mais. Sabe qual o problema? Pois eu não sei. Ele se foi? Pois agora eu também vou.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Derreter com o sol

É porque ninguém sabe como que o coração bate por aqui. De manhã - ou quando dá pra levantar - fica um pouquinho congestionado, precisando respirar o ar que não seja o do meu quarto. Ele respira fundo e pensa - que venha o dia de hoje então. Esperanças a mil. Novidades. Que novidades? As mesmas pessoas. Os mesmos lugares pra pisar. Mesmas decepções e as mesmas filhas da puta de sempre. Que vidinha, ein? Que vida. E devo ressaltar: Que vida. Tô precisando da minha psicóloga, tô precisando deixar de se preocupar com os outros e com o que eles devem fazer. A minha vida tá aí e eu nao estou vendo ela passar. Fiz aniversário e só hoje que eu percebi. O natal tá chegando e eu não tenho expectativa nenhuma pro ano que vem. Tudo isso é consequencia daquelas mudanças mal resolvidas, de gente que foi embora e não me percebeu. De gente que não me amou enquanto eu perdia o controle sobre isso. E agora o tempo não pode esperar eu me recuperar não. Todo mundo aprende, e eu fico pra trás, tentando fazer igual e só tomando no cú. Odeio esse ciúmes da establidade alheia. De como todos são tão adaptáveis, menos eu. Menos a mal amada. Excluída. Mendiga, esfarrapada, bêbada e daqui a pouco viciada. Isso tudo, sem exagero nenhum, sou eu e toda a minha timidez e inferioridade. Que me matam.

Perdendo o meu tempo. Zero vai ler isso aqui. Pouco me importa. O problema é que ninguem enxerga. Não fazem idéia o que é passar pelo mesmo tempo passado. Acumular dois anos. Amar muito e não resolver nada. Não mudar nada. Não acrescentar, nem se mexer. Apenas deixar como está e se virar com outras coisas. Gostar do que não se deve gostar. Ir pra onde ninguém vai. Não conseguir ouvir e ver e sentir e cheirar e provar. Sinto mais saudades do que deveria.

QUE SACO. EU ESTOU ENXENDO O MEU PROPRIO SACO. Chega de casinhos e de dupla personalidade. Chega de tudo isso. Eu sou o que eu me faço, e agora que venham as consequencias. Devo reclamar sozinha, embrulhar e jogar em alto mar pra derreter com o sol. Deixar por ai. Esquecer, e nunca mais ter que falar sobre isso. Eu queria muito, queria muito, meu Deus, como queria, que fosse facil assim. Queria rezar e levar toda a dor embora, queria vomitar e dar descarga. Me bater na frente do espelho e deixar todo o passado do outro lado. Escrever e deixar tudo por aqui.

Tá na hora de dormir. E tá na hora de crescer.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Uma hora. E nada pra fazer.

"Toda vez que penso em você, eu vejo passar por mim um raio de tristeza. Não é um problema meu, mas é uma coisa que não gosto. Vivendo essa vida que não posso deixar pra trás, não faz sentido em me dizer que a sabedoria de um tolo não vai ter libertar... Mas é assim que as coisas são. E é o que ninguém sabe. E a cada dia que passa minha confusão cresce. Eu me sinto muito bem. Eu me sinto como nunca deveria me sentir... E quando eu fico assim eu simplesmente não sei o que dizer. Porque não podemos ser nós mesmos da mesma forma que fomos no passado. Eu não tenho certeza do que isso significa. Eu não acho que você é o que parece. E na verdade admito pra mim mesmo, que se eu machucar outra pessoa, eu jamais verei o que na verdade deveríamos ter sido."

Detesto ficar exaltando essas letras de músicas, mas eu não estou conseguindo escrever. E isso é o que eu mais estou precisando nessa hora de "caralho". Não sai nada da minha cabeça. Aliás, tem muita coisa aqui pra ser dita, desabafada e essas coisas. Mas são muitas que me confudem e me deixam desse jeito que sei que deixa. Sabe, que vontade de contar tudo o que está passando por aqui. De mostrar que eu sei amar sim - mas é só uma pessoa. Por mais que eu queira, fugir disso é negar minha propria vida e as coisas que eu mais gosto. Porque eu faço isso comigo? Seria tão mais fácil esquecer tudo e continuar sem lembrança nenhuma... Mas eu invento tanta coisa, dificulto ainda mais. Eu tenho consciencia que nunca vai ter como voltar, e lutar por isso é se taxar de cega. Idiota. Puxa vida, como dói. Ser covarde me dói. Não consegui sair dessa situação, me dói. Não ter ele comigo, dói demais. E até quando vai ser assim? Até quantas noites eu vou ficar quebrando a minha cabeça pra tentar me explicar que - não, agora tenta viver desse jeito. E agora vai fazer dois anos de noites, tardes, madrugadas, manhãs, aulas, ruas, quartos, jardins, casa dos outros, baladas, viajens, camas, jantas, almoços, que eu tento enfiar isso dentro da minha cabeça. Mas piora a cada dia. A cada dia eu preciso mais dele. Amo mais. Piora mais... Aperta muito o coração viver desse jeito. Ninguém tem ideia disso.

Eu tento. Faço tudo errado. Mas tenho boa vontade. Mesmo que no final, as coisas nunca ficam como deveriam ficar, a mensagem de "esperança é a última que morre" gruda na minha testa. Burra. Burra. Burra. Burra. Burra. Burra. Será que sou que complico as coisas ou elas que vem dificeis demais? Qual o problema deu receber só um pouquinho de valor? Não fiz por merecer.

Ah... Meu problema é amar demais.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Não posso dizer que foi uma semana decisiva. Mas foi perto disso. Não consegui o que eu queria, agora eu to forçando meu psicologico pra outras coisas.