domingo, 25 de novembro de 2007

O alojar da expectativa.

Não, ninguém tem ideia o que alguém a beira da morte interior pode fazer. Loucura entre as veias, incapacidade de conseguir enxergar a vida como uma coisa boa. Não sei se me entende, mas isso é uma dificuldade tremenda, um horror. Conviver com alguém que não quer saber onde está o limite do erro é muito dificil. E o pior é conviver com esse alguém dentro dos ossos, perfurando os musculos. Esse alguem, querendo ou não - sou eu. Sou eu e a preguiça de admitir. Sou eu e o que me cerca, meu quarto, o oxigenio abafado daqui. A solidão. Cara, eu nao aguento mais essa vidinha de sabado a noite coçando meus olhos, olhando pro teto, respirando meus dedos. Não tem graça, nunca teve e agora isso está me entupindo.

Cadê o valor? Sei lá. Nem sei se isso existe mais. O meu, eu esqueci. Por ai. E sabe o que eu mais quero nesse momento? Eu só queria parar de pensar tantas coisas juntas. Queira parar de me preocupar com pessoas que não entendem o que eu sinto, com pessoas que eu amo. Que não me amam. Que vão embora.
To cansada de gente bonita, eu tambem quero ser. To cansada de simpatia. Ego no altar. Sabe, que auto estima gostosinha que eu tenho. Quero ficar sozinha no mundo, ou que passe um carro e leve eu junto. Pro mundo de fora. Eu faço mal pras pessoas e elas, sem querer, também fazem mal pra mim. To alojando muita expectaviva, e to jogando muita conversa fora. De tudo isso, eu só queria que uma pessoa me amasse. Só uma. Ou pelo menos gostasse um pouquinho de mim. De vez em quando, não tô pedindo muito. Dói no fundo do peito isso... Na hora de dormir a respiração fica devagar... E como dói. Como dói. Agora acho que está na hora de escrever uma carta e deixar assim mesmo, como sempre foi. Eu sei que mudar não vai. Vou parar. Já estou descascando minhas unhas e aumentando tudo o que a alguns minutos eu estava sentindo. Que poder. Estranho, forte. Compulsivo. Sou eu e mais niguém...

Sou eu querendo ele de volta.

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