sábado, 8 de março de 2008

Fora de hora.

Eu ia começar esse post (agora eu realmente encarei que isso aqui é um blog) com um "enfim', mas depois que percebi que não ia ter lógica nenhuma. Igual se eu mandasse todos tomarem no cú (talvez teria mais sentido). Decidi então começar que nem gente (mesmo eu não me encaixando como tal).

Oi. Faz meses mesmo que não passo um tempinho pensando em mim. Pensar em mim, parcialmente seria escrever pelo meu simples prazer de artrorizar meus dedinhos nas teclas do computador. Filosofar essas minhas depressões de bar. O que geralmente, ninguém perde o tempo da punheta pra ler. Até ver Padrinhos Mágicos é mais legal. (Ei, nada contra). Mas - Lá vou eu botar esse cerebro pra funcionar.

Acho que já fez um mês que eu to morando na capital mais freeenéética do Brasil. Na Avenida mais esquizofrêênica do Brasil. Na Alameda mais barulhenta do Brasil. Na porra toda mais "ética" ou "ênica" ou "enta" do Brasil. Enfim, mesmo com o coraçãozinho apertado pra morar no Rio de Janeiro, eu até que to me adaptando aqui em São Paulo. Não que eu vá me adaptar - Odeio esse ar pesado (e principalmente, sem praia) daqui - Mas tenho que ir tentando até ter coragem de ter um papo decepcionador com papai e mamãe, do tipo: "Quero largar tudo e ir pro RJ". Pô, é legal aqui. Tem bastante luz a noite, várias antenas... Carros pra caramba. Muitas pessoas de todos os tipos, shopping, cinema, teatro, bar, balada, show, calçada larga, banca, 5 dvds por 20 reais, engraxador, camêlos, mendigos chatos pra caralho, muita vodka e cerveja. Tem de tudo. Só que não tá completo. Entende? Minhas amigas de Lorena estão quase todas aqui, mas não as vejo mesmo. Então aqui ou no Japão seria a mesma coisa. Quero fazer meu cineminha na cidade maravilhosa com aquele cheirinho de maresia. Muitosh cariocash. Tô afim de correria mais tranquila com prainha no fim de semana. Lá é minha terra meu cantinho favorito. Minha família. Meu gostinho bom, meu cheirinho bom.

Mas... Foi uma chance né. To tentando enxergar assim.

TO COM SAUDADES. MUITAS SAUDADES. (E vou acabar morrendo por isso)
To com saudades da comida da mamãe. Batatinha e arroz que só mamãe sabe como eu gosto.
Saudadinhas dos meus caipiras do Drummond, o terceirissimo mais praga da história (isso implica que ficaremos pra sempre empregnado naquele colégio).
Saudades do barulho da minha família.
Do meu gostinho bom.

Enfim. É como se hoje fosse dia 12 de maio de 1990.
Vou ter que viver tudo de novo. Aprender várias coisas (de novo).

De novo. Mas tudo por mim.
Quem diria que ia pensar assim. (?)

Um comentário:

Unknown disse...

Meu, muito isso... Tipo, meu sonho sempre foi morar aqui em SP, mas é foda se acostumar - mesmo gostando amando muito tudo isso (vide MacDonald's). É foda, ainda que eu odeie cidadezinha do interior, faz falta aquele fim de tarde em que eu posso ver o céu se colorindo, em que eu posso comer comida da minha mãe - ainda que SEMPRE requentada ou fria mesmo, porque eu sou preguiçosa -, onde tá meu gato, meu namorado, meu panda gigante, minhas coisas, alguns anos da minha vida! É difícil, mas a gente vai se acostumando. As pessoas e nossos objetos - vide Lira HUAHUA - nos fazem acostumar.
Blablabla... Eu faço comentários muito filosóficos, mas ao menos eu leio o post, né?