terça-feira, 25 de março de 2008

Suicida.

Eu acordo seis e meia da manhã todos os dias. Abro o olho com uma puta vontade de ir embora daqui. De largar tudo e ficar junto de quem eu gosto. Não é justo viver o que a gente não consegue... Eu acho chato, angustiante. Eu passo mal, tenho dores de cabeça diárias, enjôos, cólicas, insuportáveis dores nas costas, tédio e várias outras coisas que me fazem sentir péssima. Fico muito mais sensível, precisando de atenção – que surpreendentemente não ganho. Ninguém me liga nessa porra. Todo mundo tem sua vida agora né, e só eu fiquei nesse nhemnhem. São Paulo é intrigante e foi feito pra fazer os outros sofrerem, não é possível que alguém se sinta feliz trabalhando vinte horas por dia e agüentando esse trânsito que deixa qualquer um surdo ou louco. Não, isso nunca vai ser meu sonho, nunca vou me realizar tendo dores de cabeça suicidas. O pessoal aqui é escroto, dependente do nevorsismo. Não sei por que penso assim, mas penso... Nada convincente a minha lógica, mas essa correria misturada com antipatia não me chama atenção. Sabe, nem sei o que eu fiz pras pessoas nem falarem comigo ou olharem na minha cara, às vezes eu sou feia o suficiente pra quererem distância ou tenho a cara emburrada ou tenho AIDS e não to sabendo ou sei lá, eu realmente não to entendendo, nunca abri a boca pra não gostarem das minhas idéias. Então CARALHO eu não sei o que eu fiz – por isso se foda essa gente idiota, não quero nada delas mesmo, não vão me ajudar em nada e muito menos preciso do carinho que nem sei se elas têm. Aliás, todo mundo agora esqueceu que eu preciso conversar. EU FAÇO COMUNICAÇÃO SOCIAL E NESSE EXATO MOMENTO/SEMANA/MÊS/ANO ESTOU ODIANDO AS PESSOAS, TODOS OS TIPOS DELAS E QUERIA QUE TODAS FOSSEM PRA PUTA QUE PARIU E SUMISSEM DE UMA VEZ POR TODAS – INCLUSIVE EU. Inclusive eu. Tô me sentindo triste, tenho vontade de dormir o dia inteiro... Nada me entusiasma, nada faz passar o tempo rápido. Acho que to precisando me benzer, jogaram praga em mim com certeza e já até sei quem foi. BUT – What goes around... Come backs around. E espero que seja verdade.

Acho que Deus, desconsiderando meu interesse católico, podia conversar comigo agora pra explicar o que está acontecendo... Queria saber se vou levar alguma coisa boa disso. Que se for pra eu ficar um ano nessa bosta, que eu tenha paciência e muita força de vontade. Que todo o meu esforço valha a pena, e se não valer, que tenha algum significado. Nunca quis fazer as pessoas sofrerem, por mais que eu já tenha feito, então toda essa pressão acumulada, todos esses sentimentos presentes de uma só vez é muito injusto. Não mereço ter sono o dia inteiro e depender dos atos de uma pessoa pra eu ser feliz. Eu queria vida de verdade pô, e não esse medidor de auto-estima. Queria só o melhor pra mim, porque eu sei que posso fazer muito mais do que eu to fazendo, mas preciso de oportunidade e preciso sentir segurança.

Socorro. Ou cortam de vez essa corda bamba ou me deixem atravessar essa porra.

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